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Ovelheiro Gaúcho

História
Obra de Marciano Schmtitz  onde aparece um ovelheiro gaúcho
O Rio Grande, com sua vasta extensão territorial, sempre foi local propício à agropecuária. Desde o remoto início do povoamento, quando começaram a perambular, pela imensidão do pampa, os ameríndios, os primeiros aventureiros espanhóis e portugueses, os campos foram enriquecendo devido às grandes manadas de eqüinos provenientes de alguns cavalos e éguas que se salvaram de um naufrágio, em 1512, e aos valiosos rebanhos de gado bovino, provindos principalmente das reduções jesuíticas. Também a criação de ovinos começou a ter grande influência na economia local. Para auxiliar no cuidado dos rebanhos, os cães passaram a ser utilizados com grande aceitação. Por serem descendentes de cães de pastoreio, têm grandes qualidades exigidas no trato com as delicadas ovelhas, mas também sabem como comandar um rebanho bovino quando necessário. O gaúcho aprendeu a dar valor ao seu inseparável companheiro, pois dois ou três cães e um peão conseguem, sozinhos, dar conta do pastoreio de um rebanho. Em certas propriedades, o peão é contratado em função do cão ovelheiro que possui.

Função
O Ovelheiro Gaúcho é um cão diretamente ligado ao trabalho do campo, com a missão de acompanhar o peão em suas lidas rurais, desempenhando a função de conduzir as ovelhas, buscando-­as no campo e levando-­as a bretes e piquetes. Guardá­-las e protegê­-las de outros animais e, até mesmo, de cães e de pessoas desconhecidas,são também funções dessa raça. Quando em trabalho, ao transferir as ovelhas do pasto, viaja ao lado do rebanho ou atrás conduzindo­as, retomando em seguida à retaguarda para verificar as retardatárias e as que, eventualmente, tenham se afastado do rebanho, a fim de mantê­-las unidas. Quando o rebanho se instala, os cães se deitam em posição de guarda. Na rotina de trabalho, nas fazendas, é muito comum fazerem toda a lida sozinhos, dispensando, inclusive, a companhia do peão. Podemos acrescentar que o ovelheiro gaúcho trabalha não só com ovelhas, mas também com qualquer tipo de rebanho. No pampa gaúcho, quando se contrata um peão, é fundamental que esse saiba lidar com os cães. Um bom Ovelheiro substitui, com tranqüilidade, três homens, e um peão sem cão, vale meio peão.
Padrão Oficial da Raça 

É o cão do gaúcho, fiel e inseparável companheiro. 
Aparência geral:
De tamanho e estrutura medianos, com pelagem não muito longa, possui grande resistência, agilidade e rusticidade.

Temperamento:
E de fácil adaptação para atender os comandos, sem ser agressivo com o rebanho. Dócil e amigável com as pessoas com quem convive.



Cabeça:
De tamanho médio, proporcional ao corpo. Vista de cima, tem forma triangular.

Região craniana:
Crânio: relação crânio­focinho 1:1.
Stop: moderado.

Região facial:
Trufa: de cor preta, nos preto e branco, podendo ser mais clara nos de pelagem dourada. E, nos merles, pode apresentar despigmentação parcial.
Focinho: forte e reto.
Lábios: comissura labial seca, bem pigmentada, escura, de acordo com a cor da pelagem.
Dentes: mordedura em tesoura.
Olhos: amendoados, preferencialmente escuros; nos merles, pode haver um olho de 2 cores ou ainda, um olho de cada cor.
Orelhas: de inserção alta, triangulares, porte alto, eretas, semi­eretas ou pendentes em forma de botão.

Pescoço:
Forte e sem barbelas.

Tronco:
Peito profundo e largo.
Dorso: forte e firme. Linha superior levemente elevada no lombo.
Lombo: curto e garupa levemente arredondada.
Linha Inferior: levemente esgalgada.

Cauda:
Grossa na raiz, de inserção alta, portada baixa, podendo enrolar na extremidade, com pelagem longa na face inferior. Quando em trabalho, pode, ­se elevar acima da linha do dorso.

Membros:
Anteriores: retos, paralelos, firmes, pés de lebre, com dígitos fortes.
Posteriores: com boa propulsão, bem angulados e jarretes curtos.

Pelagem:
Pêlo: deve ser adaptado às intempéries e mudanças climáticas. Pêlos médios e abundantes. Pelagem mais rala nos cotovelos e jarretes.
Cor: todas as cores são admitidas.

Altura: 
Machos e fêmeas: 55 a 65 cm.

Movimentação:
Grande potencial de locomoção com passadas largas e fluentes.

Faltas: 
  • As gerais: Qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.

Nota:
  • Os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na bolsa escrotal.
  • Todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado.

Texto: Federação Cinológica do RGS

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